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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Polícia vai pedir prisão de homem que lançou rojão que atingiu cinegrafista

Suspeito e outro preso serão indiciados por homicídio doloso qualificado.
Intenção era matar ou ferir PM, diz delegado; Santiago teve morte cerebral.

Káthia Mello Do G1 Rio
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O delegado Maurício Luciano vai pedir na noite desta segunda-feira (10) a prisão temporária do homem responsável pelo lançamento do rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, durante a cobertura do protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio, na quinta-feira (6). A informação foi adiantada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil e confirmada pelo delegado em entrevista coletiva.
Maurício Luciano levou uma foto do homem que lançou o rojão até Fábio Raposo, que está preso após admitir ter passado o artefato ao suspeito. No Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, Raposo reconheceu o autor do disparo. Os dois vão responder por homicídio doloso qualificado por uso de artefato explosivo. Se condenados, a pena pode ser de até 35 anos de prisão.
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"Próximo passo é pedir a prisão dessa pessoa que foi reconhecida. O nome nós não vamos divulgar. Vamos esperar a manifestação do Jucidiário", explicou o delegado, explicando que só a Justiça pode decidir se Raposo será beneficiado pela delação premiada, quando a pena é reduzida pelo fato de o preso ter colaborado nas investigações.
Segundo o delegado, o autor do disparo tinha intenção de matar. “Foi um homicídio intencional. Não foi um atentado à liberdade de imprensa. Infelizmente, o Santiago estava na linha de tiro. A intenção era ferir ou matar os policiais. Segundo o Fábio, ele tinha um perfil violento, pelo porte físico”, explicou.
Morte cerebral
Santiago teve morte cerebral constatada nesta manhã. O cinegrafista sofreu afundamento do crânio e foi submetido a uma cirurgia após ser levado para o Hospital Souza Aguiar. Desde então, estava em coma induzido no Centro de Terapia Intensiva da unidade. A explosão foi registrada por fotógrafos, cinegrafistas e câmeras de vigilância instaladas nas proximidades da Central do Brasil.

Após a divulgação das imagens, Fábio Raposo se apresentou na 16ª DP (Barra da Tijuca) no sábado (8) e disse à polícia ter passado o rojão ao homem que acendeu o artefato que atingiu o cinegrafista. No depoimento, o rapaz disse que não conhecia o suspeito de lançar o rojão em meio à manifestação.

No domingo (9), após ter o mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio, Raposo foi detido em casa. Ele foi levado na manhã desta segunda para o Complexo Penitenciário de Gericinó. O advogado Jonas Tadeu Nunes, responsável pela defesa de Raposo, entregou à polícia, na tarde desta segunda-feira, o nome, o codinome e o CPF do autor do disparo do rojão.
PF vai ajudar
A presidente Dilma Rousseff determinou que a Polícia Federal apoie as investigações sobre a morte do cinegrafista. "Determinei à PF que apoie, no que for necessário, as investigações para a aplicação da punição cabível", afirmou a presidente em mensagem publicada em sua conta no Twitter.
fonte:g1

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